Então, sigilo, senhoras. Discrição e estratégia.

A maneira que encontrei para aliciar Victor foi bem despretensiosa.

Certa vez, no meio de um 69 corriqueiro, sem avisar, enfiei a minha língua inteira no cu dele. Victor, que estava por cima, parou por um segundo, como se processasse o que estava acontecendo, e então fez algo que me fez sorrir por dentro: empurrou a bunda sobre minha cara, visto que eu estava por baixo.

Interpretei isso como um convite.

Ato contínuo, enfiei dois dedinhos nele. Victor se contraiu por um momento, mas logo relaxou. Então, sem pressa, acrescentei um terceiro.

Aquela foi a minha confirmação.

No dia seguinte, sem perder tempo, comprei em um site famoso um cacetão de vinte e três centímetros de comprimento por cinco centímetros de diâmetro, daqueles com um cinto de prender.

E fiquei contando os dias até que o pacote fosse entregue.

Quando Victor chegou do trabalho, exausto, sujo de graxa, a camisa grudada ao peito, já sabia. Não precisava perguntar. Nem precisava falar nada. Ele conhecia as regras.

Deixei que me encontrasse no quarto, de robe de seda preta, estrategicamente entreaberto. Minha pele brilhava sob a luz suave do abajur, e meu perfume já pairava pelo ar. Ele me olhou, e naquele instante, todo o cansaço sumiu.

Mandei que fosse direto para o banho. Ele obedeceu. Gostava de vê-lo limpo antes de me divertir.

Quando voltou, ainda úmido do vapor, puxei-o pela mão e o deitei na cama. Suas costas tocaram os lençóis macios, e eu tratei de prender seus pulsos com as fitas de cetim. Bem presas. Sem margem para resistência.

Por um segundo, ele testou os nós, apenas para se certificar de que estava à minha mercê. Estava.

Vendei seus olhos. Assim era melhor.

Olhando para mim, ele sabia o que viria. Mas no escuro… no escuro ele apenas sentia.

Despejei óleo nas mãos e comecei a espalhá-lo pelo seu corpo. Ombros, peitoral, descendo pelas laterais do tronco. A ponta dos meus dedos mal tocavam a pele, só o suficiente para provocar aquele arrepio involuntário.

Eu adorava esse momento.

Passei pelos músculos rígidos do abdômen, deslizando os dedos entre os gomos bem desenhados. Mais um pouco, e eu já estava na virilha, circulando o inevitável. Victor segurou o ar, tentando não se entregar completamente.

Como se pudesse esconder alguma coisa de mim.

Deixei que ele sentisse a minha respiração próxima, o calor do meu corpo sobre o dele. Sem pressa. Sem toques diretos ainda.

Ele já estava duro. Latejando.

Sorri, satisfeita.

Peguei o brinquedo.

Negro, firme, escorregadio sob o brilho do óleo. Passei os dedos lentamente pela textura, apreciando sua forma. Victor já conhecia aquele ritual. Mas isso, um cacetão entrando na sua bunda, era novo.

Enfiei, primeiro, dois dedinhos, sentindo seu corpo se contrair. Estava sensível. Eu sabia.

Havia um buquê enorme de rosas e lírios e um envelope branco entre as flores na mesa de Meryl quando, no dia seguinte, ela chegou à GNN.

Abriu o laptop que estava sobre a mesa, acessou o ChatGPT e digitou:

“Bom dia, ChatGPT. O que significa um buquê, dos grandes, com lírios e rosas vermelhas?”

“Um buquê com rosas e lírios vermelhos seria uma escolha muito simbólica e poderosa para expressar amor apaixonado. Tanto as rosas vermelhas quanto os lírios vermelhos são associados ao amor profundo, paixão e romance. As rosas vermelhas têm sido tradicionalmente vistas como o simbolo máximo de amor e romance, enquanto os lírios vermelhos também transmitem emoções intensas e ardentes.”, informou a IA.

“Gostei.”, disse Meryl para ela mesma.

Pegou e abriu o envelope branco e retirou uma folha branca, pautada e de tamanho meio ofício, onde estava escrito com “letra de professora”:

“Meryl, meu amor.”

“Dentro deste envelope, deixei um pedaço do meu coração, onde escrevo em cada palavra o que você significa para mim. Você é minha luz e minha razão para sorrir todos os dias. Prometo amar você para sempre, em cada respiração, em cada batida do meu coração. Ethan.”

Meryl passou o dia com o olhar perdido, completamente envolvida pela paixão avassaladora que Ethan despertara nela. Seus olhos refletiam um turbilhão de emoções, enquanto as imagens da noite anterior dançavam em sua mente, como cenas de um filme que se repetia incansavelmente. Cada lembrança era uma chama que acendia seu coração, tornando impossível para ela se concentrar em qualquer outra coisa. O mundo ao seu redor parecia desfocado, irrelevante em comparação com a intensidade do amor que sentia por Ethan.